Quando começaram a aparecer os meus primeiros medronhos fiquei em êxtase. Vieram da serra algarvia habituados à dureza do barrocal. Gosto de plantar espécies autóctones sempre que possível, não só porque são a garantia de que não estranharão o clima e o tipo de solo como é uma forma de manter a história dos locais que habitamos.
Já vou na terceira colheita sinal de que se habituaram aos mimos da rega coexistindo com oliveiras e alfarrobeiras.
A hipótese de um licor dos mesmos ainda não foi afastada, mas até agora têm servido para fazer compotas e bolos.
Já vou na terceira colheita sinal de que se habituaram aos mimos da rega coexistindo com oliveiras e alfarrobeiras.
A hipótese de um licor dos mesmos ainda não foi afastada, mas até agora têm servido para fazer compotas e bolos.
Nada como festejá-los com uma receita simples e deliciosa feita com as amêndoas que também vieram das minhas árvores.
Para quem desconfia deste belíssimo fruto e acha que não serve para grande coisa pode mudar radicalmente a sua opinião depois de dar uma dentada numa fatia deste doce tipicamente francês mas enriquecido com produtos genuinamente portugueses.
INGREDIENTES
75 g de amêndoas com pele
75 g de farinha de arroz
1 pitada de sal
100 g de açúcar de côco (ou integral de cana não refinado)
3 ovos
250 ml de leite de amêndoa (ou outro leite vegetal)
40 g de medronhos (lavados e bem escorridos)
Reduzir as amêndoas a farinha (com um moinho de café, na bimby ou no 1-2-3). Numa taça misturar esta farinha com a de arroz, o sal e açúcar. Incorporar os ovos (ligeiramente batidos) e de seguida juntar o leite. Deitar numa tarteira previamente untada e, por cima espalhar os medronhos.
Levar a cozer no forno pré-aquecido a 220º cerca de 35 minutos.